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Descoberta de R$ 2,4 trilhões pode transformar Brasil a partir do Amapá em potência mundial | ReproduçãoTV
Economia

Geofísico projeta o que o petróleo faria pela economia do Amapá

Cleber Barbosa, da Redação

Betral

O Amapá poderia superar São Paulo como a nova potência econômica do Brasil, segundo projeções mais otimistas e especialistas em petróleo e gás. A possível descoberta é vista como a chave para o futuro energético do país. Mas os desafios ambientais e burocráticos podem atrasar essa transformação.

Esses entusiastas conseguem imaginar o Brasil com uma nova liderança econômica mundial, inclusive.

Nesse contexto esse estado no Norte do país, que até então não figurava entre as principais potências, pode estar prestes a desbancar o industrializado estado de São Paulo do trono.

Essa transformação se deve a uma impressionante descoberta de petróleo na costa do Amapá, com um valor estimado em R$ 2,4 trilhões, segundo cálculos que levam em conta a capacidade total da Margem Equatorial e o preço do barril de petróleo em setembro de 2024.

De acordo com o geofísico e youtuber Sérgio Sacani, essa descoberta coloca o estado em uma posição estratégica para o futuro energético do Brasil.

Se explorada corretamente, a costa do Amapá pode não só garantir a autossuficiência do país em petróleo, como também impulsionar a economia local a níveis nunca antes vistos.

Valor bilionário

A estimativa de R$ 2,4 trilhões estimada refere-se à capacidade de petróleo da Margem Equatorial multiplicada pelo valor do barril em setembro de 2024, que gira em torno de R$ 410. Ao levar em consideração o volume de barris estimado nas reservas e convertê-lo para a cotação atual do real, chega-se a esse valor bilionário.

A região, que abrange a costa do Amapá até o Rio Grande do Norte, é considerada uma das maiores fronteiras inexploradas de petróleo no mundo.

Segundo especialistas, essa riqueza ainda precisa ser confirmada por meio de estudos mais detalhados e testes de produção. No entanto, conforme apontado por Sacani, o potencial já conhecido da área coloca o Brasil em uma posição de destaque no cenário energético global.

Futuro promissor

Conforme Sacani destacou em uma entrevista recente, a exploração dessa reserva na costa do Amapá pode evitar uma crise no setor petrolífero brasileiro.

A previsão é que a produção de petróleo no pré-sal, que atualmente sustenta grande parte da indústria, comece a declinar a partir de 2027.

Sem novas fontes de petróleo, o Brasil corre o risco de precisar importar grandes quantidades para atender à demanda interna, resultando em um aumento significativo nos preços.

A exploração da Margem Equatorial surge como a solução perfeita para esse desafio. A qualidade do petróleo da costa do Amapá, segundo Sacani, é um dos seus grandes atrativos. O produto pode ser processado de maneira mais eficiente, com custos operacionais reduzidos, o que favorece o retorno rápido sobre os investimentos.

Isso transforma a região em um tesouro inexplorado, pronto para impulsionar a economia do estado e do país.

Declínio do pré-sal

A dependência atual do Brasil em relação ao petróleo do pré-sal é inegável, mas a projeção de que essa produção começará a declinar traz um grande desafio. Segundo Sacani, o país pode se ver forçado a importar grandes volumes de petróleo, algo que elevaria os preços no mercado interno e aumentaria a vulnerabilidade energética do Brasil.

Nesse cenário, o Amapá e a Margem Equatorial assumem um papel central. A região tem o potencial de compensar essa queda de produção, mantendo o Brasil competitivo no mercado internacional e garantindo a autossuficiência energética.

Entretanto, a exploração dessas reservas precisa ser feita com urgência e cuidado, já que há entraves ambientais e burocráticos a serem superados.

Desafios ambientais e burocráticos

Conforme Sacani revelou, um dos maiores obstáculos para a exploração dessas reservas é o processo de licenciamento ambiental. A Petrobras, que lidera as iniciativas de exploração, enfrenta dificuldades em obter a aprovação do Ibama.

A preocupação com a biodiversidade da Margem Equatorial, que é uma das regiões mais ricas e sensíveis do mundo, coloca um grande desafio para a conciliação entre desenvolvimento econômico e sustentabilidade ambiental.

Sacani reforça que a exploração precisa ser realizada de forma responsável, garantindo que os benefícios econômicos não venham à custa do meio ambiente. A pressão para resolver essa questão é alta, pois o tempo corre contra a necessidade urgente de novas fontes de petróleo.

Oportunidade para o Amapá

Para o Amapá, essa descoberta de petróleo representa uma oportunidade única de transformar sua economia. Os royalties do petróleo poderiam colocar o estado em uma posição de destaque, rivalizando com São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

A posição estratégica na Margem Equatorial, além da proximidade com o mercado internacional, pode fazer do Amapá um novo polo de riqueza no Brasil, reescrevendo o mapa econômico do país.

Apesar do entusiasmo em torno das descobertas, ainda há muito a ser feito. A região continua inexplorada, e os investimentos necessários para que essa riqueza seja aproveitada são enormes.

No entanto, com o declínio iminente do pré-sal, o Brasil não pode se dar ao luxo de perder essa oportunidade. (Fonte: Alisson Ficher, Clickpetroleoegas)

Acompanhe a entrevista do especialista Sergio Sacani

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