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Na volta ao redor da Terra paradas em pontos estratégicos do planeta, como Cabo da Boa Esperança, na África
Turismo

Casal do Amapá ensina a dar a volta ao mundo pagando pouco

Cleber Barbosa, da Redação

Viajar pelo mundo certamente é um sonho de consumo para qualquer pessoa, vamos combinar. Só que geralmente isso está condicionado ao recebimento de um prêmio, como uma loteria ou coisa semelhante. Mas sabendo aproveitar o acúmulo de pontos de programas de milhagens e ficando atento a promoções pode tornar esse desejo uma realidade, como ensina o casal Leonardo Porpino, 29 e sua esposa Roberta Paiva, 30. Ele é advogado e ela oficial do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá. Os dois fizeram a volta ao mundo em partes, claro, mas não deixa menor a relevância dessa jornada.
Leonardo diz que sua primeira viagem internacional aconteceu aos 16 anos de idade, quando foi com amigos em uma excursão aos estados Unidos, como parte de um programa de intercâmbio de sua escola de inglês. “Fizemos o roteiro dos parques, entre Orlando, Miami e Nova Iorque”, recorda o rapaz. Ele diz ainda que repetiu esse roteiro com Roberta, em 2011, quando os dois ainda namoravam. Foi então que o desejo por novos destinos foi aumentando e o casal engatou jornadas ainda maiores.
Outro lado
Em dezembro de 2018, eles planejaram chegar ao outro lado no mundo, com destino à Austrália. Mas uma jornada dessas obriga a uma parada técnica, ocasião em que aproveitaram para conhecer novos lugares. Saíram de São Paulo e fizeram uma escala de três dias entre Dubai e Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.
A dica deles que nessas ocasiões de paradas obrigatórias, para reabastecimento e manutenção das aeronaves, verificam o tempo máximo para permanecer em conexão e seguir viagem. No oriente médio, aproveitaram o tempo máximo permitido fazendo turismo. Visitaram até a mesquita Sheikh Zayed, em Abu Dhabi. Depois partiram para Sydney, na Austrália, onde puderam passar um Réveillon – também inesquecível.
Experiências
Os melhores lugares para aproveitar intervalos entre voos para turistar são aqueles destinos eminentemente turísticos que funcionem como “hubs”. Em Cingapura há city-tours para turistas em trânsito. Em Dubai o táxi é barato, e em meia hora você chega ao shopping Madinat Jumeirah (de onde se avista o Burj Al Arab) ou à torre Burj Dubai.
Pontuações e milhas ajudam a turbinar suas viagens, diz o turista
Leonardo e Roberta são o que se pode definir pessoas práticas, só para dizer o mínimo. Vejamos. Se ao participar de um programa de milhagens de uma companhia aérea brasileira o passageiro acumula pontos que permitem viajar para qualquer destino na América do Sul, por que gastar essas valiosas milhas num destino doméstico, do tipo Macapá/Belém/Macapá?
E é exatamente a partir dessa premissa que eles aproveitam ao máximo o fato de já acumularem pontos para ver até onde eles podem leva-los. “Além disso a gente confere muitas dicas na internet de pessoas mais viajadas, com ótimas experiências acumuladas e que costumam compartilhar em entrevistas ou mesmo postagens em suas redes sociais”, diz ela.
E está muito certa. É comum se encontrar publicações sobre pessoas que são recordistas em programas de milhagens pelo mundo todo, gente que costuma passar longas temporadas sem pagar para viajar. Leonardo acredita também que num futuro próximo as pessoas não vão pagar para viajar, mas apenas trocar pontos de programas de fidelidade.
O que fazer para ajudar a passar o tempo durante os longos voos
A pergunta que não quer calar sobre quem viaja longas distâncias é o que fazer a bordo do avião, para ajudar a passar o tempo.  Sim, pois alguns trechos chegam a 12 até 14 horas ininterruptas. “Não consigo dormir muito em aviões, faço a opção por leitura, acessar internet, um pouco pois em aviões isso ainda custa muito caro…”, alerta Leonardo.
Ele diz ainda que sua esposa sim consegue relaxar e adormecer quando em voo, mas que no geral a regra é se desligar mesmo, para não dar tanta importância para o tempo.  Ele lembra ainda que na viagem à Australia alugaram uma moto e realizaram um outro desejo de se aventurar na estrada. Mas não uma moto qualquer, nem uma estrada qualquer. Foi numa Harley Davidson e a via a Great Ocean Road, na rota entre Melbourne e Port Campbell, cidade que abriga os “Doze Apóstolos”.
Depois ainda curtiram o visual da região a bordo de um hidroavião em Whisunday Island e integagiram com cangurus em Currubin Wildlife Sanctuary.
Velho Continente
A jornada de volta, claro, não podia ser a mesma, então passaram dois dias em Hong Kong, entre as paredes de concreto da cosmopolita cidade dos arranha-céus gigantes. De lá, Europa, via Madri (Espanha), onde foram até a cidade de Toledo, só que de carro. De lá, partiram de volta a São Paulo.
Milhas – Para registro, o casal já acumula 30 países visitados, devidamente cadastrados em programas e aplicativos que contabilizam milhas e organizam os melhores roteiros, preços e programas.
Curiosidades
– Hoje em dia são várias as possibilidades para viajar gastando pouco ou quase nada.
– Segundo Luisa Galiza, viajante profissional, colunista da revista Qual Viagem, sem gastar absolutamente nada é bem difícil, mas garante que há alternativas que muitos ainda não conhecem, como se hospedar de graça e ainda pegar avião sem pagar nada pela passagem.
400 voltas
É o equivalente aos 5.962 voos de graça que o americano Thomas Stuker ganhou da United Airlines.
Austrália
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