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A Tucano Gold fechou acordo com a Great Panther Mining para adquirir a Mina Tucano, em Pedra Branca/AP.
Economia

Mineradora canadense fecha acordo para assumir mina de ouro no Amapá

Cleber Barbosa, da Redação

A Tucano Gold é uma nova empresa criada no Canadá pelo Grupo Pilar Gold, em parceria com a também canadense Laiva Gold, e fechou acordo com a Great Panther para assumir a totalidade da Mina Tucano e da Tucano Resources Mineração, atualmente em recuperação judicial com processo na Justiça do Rio de Janeiro.

Segundo a nova companhia, o plano é retomar as operações da mina Tucano já no quarto trimestre e transformar a empresa considerada a maior empregadora do Amapá. “A estratégia de compra da mineradora contempla ainda um plano para pagamento de todos os credores”, afirmou a Tucano em nota.

Porém, a compra dos ativos ainda está sujeita à aprovação do plano de recuperação judicial, bem como ao “acordo com alguns outros credores”, mas a Mina Tucano afirma que “já obteve apoio da grande maioria dos credores”.

Caso a aquisição seja aprovada, vai frustrar os planos da South Atlantic Gold, que formalizou interesse na recuperação judicial e também mantém negociações com credores para obter a aprovação para um eventual plano de recuperação da Mina Tucano a ser apresentado à Justiça. “A partir agora, foco principal da Tucano Gold é garantir que os credores recebam um plano de pagamento justo e sustentável e trazer o maior número desses fornecedores de volta ao trabalho com a Tucano neste e no próximo ano, para a retomada e crescimento das operações, que gerarão prosperidade na região e valiosos impostos para o Estado do Amapá”, declarou a empresa.

Tucano Gold

A Tucano Gold afirmou que o grupo da Pilar Gold recebeu mais de 50 milhões de dólares canadenses (US$ 37,11 milhões) em investimentos, valores que, de acordo com a empresa, possibilitaram a construção de uma mineradora júnior de ouro. “A companhia também está confiante na atração de novos fundos substanciais, em discussão com vários grupos de investimentos”, disse. De acordo com a empresa, seu crescimento vem sendo alcançado “sem a necessidade de assumir grandes linhas de endividamento, razão pela qual grandes minas enfrentam problemas”.

Além da retomada das atividades na mina do Amapá, o plano de desenvolvimento envolve, segundo a companhia, as operações da Pilar Gold em Goiás – a mina que dá nome à empresa, adquirida da Equinox Gold em 2021 por US$ 38 milhões – e o reinício da maior usina de ouro da Europa na Finlândia ainda este ano pela Laiva Gold. “A experiência da Pilar Gold em mineração subterrânea será essencial, pois a mina Tucano irá desenvolver o seu projeto subterrâneo de alto teor no (depósito) Urucum Norte”, salientou a empresa.

Mina Tucano

Mina de ouro de Tucano, da Great Panther, no Amapá/Divulgação

Adquirida pela Great Panther em 2019, a mina Tucano iniciou as operações em 2005 e foi ampliada em 2013. A operação no Amapá já produziu mais 1,5 milhão de onças de ouro desde a sua inauguração, com produção média anual de 134 mil onças de 2014 a 2020.

A mina foi colocada em cuidados e manutenção no início de 2023, após a Great Panther decretar falência no Canadá e a subsidiária Mina Tucano iniciar o processo de recuperação judicial no fim do ano passado. Relatório elaborado ainda pela Great Panther em junho de 2022 mostra que o ativo possui reservas provadas e prováveis de 12,9Mt a 1,59 grama de ouro por tonelada (g/t Au) para 656.000 onças do metal

(Com informações de Marcelo Portela/NMB)

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