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Uma em cada 11 pessoas no mundo tem diabetes, e a tendência é que esse número cresça gradativamente | CB
Saúde

Especialista aponta tipos de diabetes e tratamentos personalizados

Segundo a OMS, uma em cada 11 pessoas no mundo tem diabetes, e a tendência é que esse número cresça gradativamente. Cerca de 250 milhões de pessoas têm diabetes no planeta. Para a médica endocrinologista Drª. Roseane Rodrigues, docente do curso de Medicina do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê), a doença é um tema que precisa ser amplamente discutido e esclarecido, de modo com que as pessoas compreendam como o diabetes se manifesta e o que é possível fazer para tratá-lo da forma correta.

“A conscientização acerca da doença é primordial e a partir disso o paciente deverá receber um tratamento personalizado, respeitando os aspectos do tipo desse diabetes, de acordo com o diagnóstico exato. No tratamento, muitos fatores devem ser levados em consideração, como a insulina, hormônio produzido pelo pâncreas que tem como função metabolizar a glicose para produção de energia, sendo a única fonte de energia que o nosso cérebro reconhece. A insulina é extremamente importante para o bom funcionamento do nosso organismo, e quando ela não está mais sendo produzida ou o corpo cria resistência ao hormônio, a doença se desenvolve”, aponta a especialista.

Tipos da doença

Roseane explica que a doença tem vários tipos, como o secundário, mas os principais são: diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e diabetes gestacional. O Diabetes Mellitus tipo 2 é uma condição crônica, multifatorial, que ocorre em indivíduos normalmente acima dos 40 anos, obesos e com histórico familiar da patologia. “90% dos pacientes são diabéticos tipo 2, que afeta a capacidade do organismo de converter o açúcar presente no sangue em energia. O organismo não responde à insulina como deveria, a chamada ‘resistência à insulina’, e também não produz insulina adequada. Como resultado, tem-se a subida anormal e progressiva dos níveis de ‘açúcar’ no sangue, a glicemia”, argumenta.

Pessoas com diabetes gestacional, ovários policísticos e sedentárias podem desenvolver esse tipo da doença. “Vale destacar que geralmente um paciente com diabetes tipo 2 é assintomático, por isso é muito importante um acompanhamento prévio com um especialista. Além disso, para diagnosticar é preciso fazer o exame de glicemia de jejum, hemoglobina glicada e teste oral de glicose após duas horas do almoço”, diz a professora.

Quanto ao Diabetes Mellitus tipo 1, a especialista diferencia que a ocorrência se dá mais precocemente, na infância e na adolescência. “O pâncreas deixa subitamente de produzir insulina. Isso faz com que a subida do açúcar no sangue seja súbita e muito exagerada. Para além disso, a falta absoluta de insulina dá origem à produção de substâncias tóxicas no organismo, os chamados ‘corpos cetónicos’, que dão mal-estar e náuseas”, comenta.

O paciente é extremamente sintomático: “Um dos principais sintomas para tipo 1 é a perda de peso, mesmo com o indivíduo tendo muita fome e se alimentado, e o excesso de sede, ele bebe muita água. O tratamento para este tipo é realizado com insulinoterapia e monitorização glicêmica. Além disso, é muito importante a educação do paciente sobre a doença que ele tem: quanto mais ele sabe, mais ele se cuidará, e isso vale para todos os diabetes”, enfatiza.

Já o Diabetes Gestacional é a hiperglicemia que ocorre na gestação, e que se dá devido a presença dos hormônios placentários. “O diagnóstico é feito com testes de glicemia no início do pré-natal e, se for positivo, é tratado por uma dieta específica, controle metabólico e atividades físicas, se a paciente não tiver nenhuma restrição. Se os tratamentos iniciais não tiverem resultados suficientes, a gestante inicia o tratamento com insulina”, explica.

Por fim, a médica alerta que nesse tipo da doença é primordial ter o diagnóstico no início do pré-natal, haja vista que o feto e a mãe podem ser atingidos, tendo como consequências o descolamento de placenta, sangramento e macrossomia fetal, por exemplo.

Em todos os casos, bons hábitos de vida são amplamente recomendados. “Uma dica que eu gostaria de deixar para melhorar a qualidade de vida e controlar o diabetes é preferir alimentos in-natura, praticar atividades físicas, tomar bastante água, dormir bem, evitar estresse, não passar muito tempo em frente aos meios digitais e, principalmente, ser feliz. Nesse contexto ainda, além da conscientização acerca da doença, tratar a doença do jeito certo, a partir de um correto diagnóstico, ajuda a salvar vidas”, finaliza.

Sobre o Unipê

Fundado em 1971, o Centro Universitário de João Pessoa – Unipê possui conceito 5 pelo MEC, conforme avaliação in loco de recredenciamento presencial e credenciamento EAD, sendo a única instituição privada do estado a conquistar este feito, solidificando-se entre as melhores do país. O Unipê é reconhecido pela sua contribuição para o desenvolvimento da Educação no Brasil e na Paraíba, tendo um forte tripé de ensino, pesquisa e extensão em sua comunidade. A Instituição oferta cursos de graduação, presenciais e a distância, e pós-graduação (lato e stricto sensu) em diversas áreas do conhecimento e conta com mais de 15mil alunos. Integra o grupo Cruzeiro do Sul Educacional, um dos mais representativos do País, com mais de 350 mil alunos, que reúne instituições academicamente relevantes e marcas reconhecidas em seus respectivos mercados, como Universidade Cruzeiro do Sul e Universidade Cidade de São Paulo – Unicid (São Paulo/SP), Universidade de Franca – Unifran (Franca/SP), Centro Universitário do Distrito Federal – UDF (Brasília/DF, Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio – Ceunsp (Itu e Salto/SP), Faculdade São Sebastião – FASS (São Sebastião/SP), Centro Universitário Módulo (Caraguatatuba/SP), Centro Universitário Cesuca (Cachoeirinha/RS), Centro Universitário da Serra Gaúcha – FSG (Bento Gonçalves e Caxias do Sul/RS), Centro Universitário de João Pessoa – Unipê (João Pessoa/PB), Centro Universitário Braz Cubas (Mogi das Cruzes/SP) e Universidade Positivo (Curitiba, Londrina e Ponta Grossa /PR), além de colégios de educação básica e ensino técnico.

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