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“Ressignificando a vida”, artigo da professora Arnely Schulz

Arnely Schulz (*)

É difícil aceitar que uma criança ou adolescente possa querer se matar. Mais complicado ainda é explicar por que esse comportamento está em ascensão. O que existem são indícios e hipóteses. Porém, uma descoberta recente nos levam a crer em uma forte razão pela qual muitas crianças e adolescente tem sido motivados a tal comportamento.

“Até hoje, jamais tínhamos constatado tentativas em idade tão tenra. E agora está acontecendo isso. É uma novidade, uma coisa pouco estudada, um novo mundo. Por enquanto, estamos apenas detectando o problema. Precisamos de pesquisas e de uma política específica. Porque a metodologia de prevenção para criança e adolescente tem de ser outra. Para começar, é mais difícil de detectar o risco, porque eles não verbalizam tanto quanto a pessoa mais velha” – observa o psiquiatra Ricardo Nogueira, coordenador do Centro de Promoção da Vida e Prevenção ao Suicídio, do Rio Grande do Sul

Muitos se tem falado sobre crianças índigo e Cristais, mas, quem são elas? Como surgiram estas denominações?

Diante da situação de tantos casos de suicídio em nosso Estado, entre crianças, adolescentes, jovens e adultos, e tendo nos colocado diante de vários casos, que chegamos a intervir, impedindo a consumação trágica desses fatos. Chocados com tal realidade, nos dedicamos a pesquisar sobre a questão, pois, muito nos incomodava a falta de maior clareza em algo tão sério e desesperador no seio familiar. Percebemos que esse acontecimento está se dando em grande proporção em todo o país e no mundo. Aqui quero compartilhar um novo conhecimento, que para nós fez muito sentido e que passamos a aplicar, conseguindo resgatar cinco (05) adolescentes do suicídio. Gostaríamos de falar sobre os seres Índigo e Cristal.
A denominação Criança Índigo se originou com a parapsicóloga, sinesteta e psíquica Nancy Ann Tappe, por volta dos anos 70. Em 1982 Tappe publicou o livro “Entendendo Sua Vida Através da Cor”, onde ela descreveu este conceito, afirmando que por volta dos anos 60 ela começou a perceber que muitas crianças nasciam com suas auras “índigas” (aura com predominância da cor azul índigo). Em 1998, a ideia foi popularizada e foi lançado o livro “As Crianças índigo: As novas crianças chegaram”, escrito por Lee Carroll e Jan Tober. Em 2002, no Havaí, ocorreu uma conferência internacional sobre crianças índigos, com 600 participantes. Nos anos subsequentes, estas conferências ocorreram na Flórida e em Oregon. Os anos passaram e vários filmes e documentários foram produzidos sobre o assunto.
Crianças índigo surpreendem em seus discursos, revelam sua verdadeira essência, denotando em suas palavras propósitos elevados de vida e ensinamentos, que chegam causar vergonha aos adultos. As crianças índigo possuem dons especiais, às vezes sobrenaturais ou altas habilidades. Grande crença de que elas são curiosas, de temperamento forte, independentes e muitas vezes vistas pelos amigos e familiares como “estranhas”. Apresentam uma forte espiritualidade inata, mas que necessariamente não implicam num interesse direto em áreas espirituais e religiosas. Também possuem um alto quociente de inteligência, grande capacidade de intuição e resistência a regras rígidas, controles baseados em paradigmas de autoridade.
Segundo Tober e Caroll, as crianças Índigo nem sempre apresentam bons resultados em escolas convencionais, devido à sua rejeição a autoridade rígida, pois muitas vezes são mais inteligentes (ou maduros espiritualmente) que seus professores. Também, os mesmos autores, fazem uma crítica ao uso de medicações para estas crianças, vistas por eles como índigas, e pela comunidade escolar como crianças com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
Ao nos referirmos à espiritualidade, não falamos de religiosidade estamos falando de expansão de consciência, do encontro do ser humano com a sua melhor versão, a mais elevada e abundante, em todos os sentidos.
Conforme Doreen Virtue, estas crianças são muito criativas, apresentado dom musical, facilidade para poesia, desenho, criatividade na confecção de objetos, são propensos a vícios, com um histórico de depressão, ou até mesmo pensamentos suicidas, tem grande oscilação na auto estima (por vezes muito alta, em outras muito baixa), possuem um grande desejo de ajudar o mundo e grandes laços com plantas ou animais.
Crianças Cristal são crianças que tem uma consciência universal, não são individualistas, preocupam-se com o próximo. Apresentam o dom da telepatia ou então iniciam a falar numa fase posterior a outras crianças ou muito antes. Conforme Doreen Virtue, devido à sua capacidade de comunicação telepática podem ser rotuladas como “lentas” ou “autistas”, embora não seja o caso. São altamente carinhosas, interessam-se por cristais e pedras. Por muitas pessoas são denominadas crianças arco-íris. Acredita-se que as primeiras Crianças Cristal tenham nascido por volta do ano 2000.
A psicóloga Lídia de Noronha apresenta detalhes em comum entre estas crianças:
Características comuns (mais evidentes) entre as Crianças índigo e Cristal

ÍNDIGO E CRISTAL
• São extremamente sensíveis (à energia dos outros, ao meio ambiente, etc…).
• São muito perceptivas, até mesmo psíquicas (em vários graus).
• Têm uma noção clara da importância do seu propósito de vida global.
• São congruentes entre: coração, mente, palavras e ações.
• Percebem facilmente a FALTA DE INTEGRIDADE e de HONESTIDADE.
• Tem muita paixão: pela vida, pelo amor, pela justiça.
• De jovens a adultos, têm um sentido agudo de serviço e ajuda humanitária.
• Por natureza, não julgam.
• Em geral, têm um elevado sentido de humor
• Necessitam da natureza, água; roupa de fibra natural; exercícios físicos e um ambiente seguro, tanto física quanto emocional, psíquica e espiritualmente.
• Requerem a presença à sua volta de adultos emocionalmente estáveis e, de preferência, amáveis.
• Dificuldades para aceitar hierarquias e ordens impositivas, a não ser que estas sejam representações de justiça e amor;

DESAFIO PARA PAIS E PROFESSORES…
As chamadas Crianças das Estrelas quase sempre representam desafios para os pais, para os educadores, e também para os parentes e amigos. Isso porque a forma de tratá-las é bem diferente do que em tempos passados, onde um “não” era não, porque hoje um “não” tem como resposta um “por quê?”…e também um “pra quê, mãe?”, um “isso não é assim….”; um “odeio isso”.
A criança não obedece… não faz a lição… faz que não ouve e não se interessa em responder porque para ela é tudo muito óbvio e no fundo, no fundo acha que você está perguntando para torrar sua paciência! Isso porque essas crianças tem características incomuns, quanto à outras crianças. Elas não tem medo de nada…e de ninguém… porque vêm com habilidades especiais que trazem, como: maior sensibilidade, personalidade peculiar, novos padrões de comportamento, e por serem intuitivas mentais tem rapidez nos pensamentos, e não toleram mentiras dos adultos.
Os adultos podem se sentir aborrecidos pois essas crianças tem dificuldades de se ajustarem nesta realidade densa, por terem altos padrões energéticos, como a clarividência e mediunidade, comunicação por telepatia, dons de cura, muita sensibilidade, e outros.
Começam a se deixar conhecer desde cedo, ao entrarem na “escolinha” – no maternal e depois nos anos seguintes, e tem também tendência de se “esconderem” ou se isolarem, por não se sentirem reconhecidos.
Muitas dessas crianças são resistentes ao tratamento autoritário, se tornam agitadas demais (hiperativas), tem dificuldade em manter a atenção, tornando-se muitas vezes líderes “negativos”, principalmente na Escola. Aí são rotuladas como “problemáticas”, correndo serio risco de serem medicadas, e conseqüentemente “sedadas”.
São crianças que abraçam e acariciam espontaneamente, porque tem esses dons espirituais inatos, e necessitam diálogos, para se sentirem confiantes e seguras frente aos adultos que as cercam.
Se faz necessária a abertura de consciência de pais e professores, através de pesquisa, audição de palestras, leituras, no tocante ao bom relacionamento no convívio familiar e escolar dessas crianças, ressaltando que elas apenas precisam de muito Amor… muita atenção e participação desde as brincadeiras até as respostas que elas querem ou não ouvir. Logicamente que se oferecem limites…mas antes de tudo compreensão do mundo real no qual o mental delas “viaja” o tempo todo…
Está claro que educar uma Criança Cristal é um verdadeiro desafio! E Freqüentemente os assuntos não resolvidos dos pais são sentidos pela criança, que será afetada negativamente por essas emoções. Mas a característica pessoal mais fora de série das Crianças Cristal é o seu poder. Elas são imbuídas de um poder elevado, que as movem em ser e em fazer! Dessa forma, é essencial que os pais aprendam a respeitá-las em sua essência, adquirindo formas de negociar com elas. Senão essa energia poderosa será usada em lutas por poder que seus pais ou educadores nunca irão ganhar.
Elas tem a capacidade de fazer despertar um grande AMOR naqueles que estão próximos à elas, pois é de AMOR que elas precisam, até que se criem Nova Metodologia Educacional que visa desenvolver os dons, a criatividade e a participação dessas crianças, que se entenda o convívio com elas, nesse Novo Tempo.
Diante de tais características como: extrema sensibilidade; percepção aguçada; elevado senso de justiça; repletas de amorosidade, paixão pela vida, pelo amor e pela justiça (em sentido amplo). Sentem-se agredidas ao se depararem com tamanhas agressividades, que é como se sentem e se percebem diante das experiências que ferem, frustram, desrespeitam sua essência elevada para elas, caóticas do sentimento de desrespeito à sua essência, ao seu padrão inato diferenciado de comportamento.

Quando limitadas por sistemas – o que não faz sentido algum para elas pois são padrões que não ressoam consigo mesmas já que nasceram para a liberdade de ser e com propósitos bem definidos de bem maior – sentem-se hostilizadas e oprimidas, o que lhes causa revolta e agressividade.

Por outro lado, a situação é muito mais agravante quando esses diferenciados seres se deparam com o sentimento de abandono, de não pertencimento; de submissão a agressões quer emocional ou física, abuso sexual, desorganização familiar, desajustamento na escola ou em casa e a desesperança em relação ao futuro. Elas entram para uma vida caótica de dor profunda e crise existencial extrema, o que as conduzem a desistir da vida, pois, não é essa a vida que lhes interessa viver, tão agressiva à sua essência e modo peculiar de vida.

O reconhecimento de si mesmos como, desenvolvendo a consciência de quem verdadeiramente são – seres que estão aqui para inserir no mundo essa maneira completamente nova de viver, representando um novo passo para a evolução humana – ressignifica o olhar de cada um quanto a própria vida, trazendo sentido a existência e propósito elevado para o continuar aqui.

*Arnely  Ferreira Pires Schulz é professora, possui licenciatura em Música pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é Pedagoga e tem Formação em Canto Lírico, pela Escola de Música de Brasília. Atualmente é conselheira da Associação Brasileira de Regentes de Coro e Presidente do Instituto Accorde Brasil. Integra um Grupo de Trabalho instituído pelo Ministério da Educação (MEC) para a regulamentação da Lei 11.769/08 que institui obrigatoriedade do ensino de música na Educação Fundamental.

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