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A escola de samba Maracatu da Favela na avenida, no Sambódromo de Macapá | Foto: Arquivo
Cultura

Maracatu da Favela faz 66 anos neste sábado com muito samba e pagode

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Maracatu da Favela – a Verde e Rosa amapaense – comemora mais um aniversário no próximo sábado, 15, com muito samba e pagode. A escola de samba é uma das mais antigas e tradicionais agremiações carnavalescas do Amapá.

A festa vai acontecer na quadra da escola, na Avenida Padre Júlio Maria Lombaerd, no Bairro Santa Rita. Os 66 anos de história, luta, garra, determinação e muito samba no pé, serão comemorados pela comunidade do samba.

O evento vai celebrar conjuntamente outros dois aniversários de segmentos importantíssimos do samba do antigo bairro da Favela – Pagode do Rota Samba e Pagode do Josimar. Será a majestosa festa de aniversário dos gigantes da Favela.

Uma megaestrutura de som e iluminação está sendo montada na quadra da escola para garantir o brilho do evento. Toda comunidade do samba está convidada para esse grandioso acontecimento que visa não só celebrar a data, mas resgatar o carnaval das escolas de samba do Amapá.

A programação inicia a partir das 5 horas da tarde com muito samba e pagode. Haverá ainda a apresentação da bateria Sufista da Verde e Rosa, casal de mestre sala e porta bandeira, interprete oficial e coreografo da comissão da frente.

Durante a programação, várias ouras atrações vão passar pelo palco, entre elas, Cafu, Thiaguinho Salazar, Vitinho Oliveira, Kinzinho, Charlinho, Catatau e Zeca Mazagão. O fenomenal Dj Luiz Carlos também participa da festa e promete tocar todos os ritmos para não deixar ninguém parado.

Maracatu da Favela é detentora de nove títulos do carnaval amapaense. A conquista dos campeonatos, especialmente os cinco últimos – 1999, 2003, 2007, 2012 e 2013 -, fez com que a agremiação ganhasse também visibilidade, simpatizantes, torcedores e sócios. A comunidade verde e rosa cresceu tanto que extrapolou o bairro Santa Rita, em Macapá, antiga Favela, estando presente hoje em todos os cantos do Estado.

Histórico

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Maracatu da Favela é uma instituição carnavalesca da cidade de Macapá, localizada no Bairro Santa Rita, conhecido carinhosamente como Favela.

Foi registrada oficialmente em 15 de dezembro de 1957, mas sua fundação se dá no ano de 1952, pois Maracatu da Favela tem seus alicerces no bloco “Bandoleiros da Orgia”, criado pelo senhor Vagalume. Bloco este, formado por trabalhadores da antiga empresa ICOMI. Mais tarde este bloco se tornou uma escola de samba onde se alterou o nome para “Tricolores da Folia”. Anos depois, O senhor Vagalume, na residência de dona Gertrudes, reuniu com os senhores Cadico, Mané de Souza, Biló, entre outros e transformaram a Escola de Samba Tricolores da Folia em G. R. E. S. Maracatu da Favela. Prova disso, é que as cores da bandeira foram preservadas, o azul, o branco e o preto. Somente nos anos 70, na presidência do senhor Azedo Picanço, que as cores verde e rosa fizeram parte de seu pavilhão sagrado.

Seu brasão oficial é formado por quatro elementos – O surdo (representa o samba), a coroa (representa a majestade do samba no Amapá), As folhas de louro (representa as vitórias conquistadas) e a Pomba do Divino espírito Santo (representa a religiosidade da Favela).

A escola de samba Maracatu da Favela participou de todas as batalhas de confetes e de todos os desfiles oficiais de carnaval do Amapá. Consagrou-se nove vezes campeã nos desfiles realizados pela Liga das Escolas de Samba do Amapá (1976, 1978, 1983, 1985, 1999, 2003, 2007, 2012, 2013). Conquistou seu bicampeonato histórico com os enredos “Espelho, espelho meu…” e “tic-tac – é tempo de folia” nas presidências de Luiz Mota (Geléia) e Marcos Souza (Selva), respectivamente e, como carnavalesco dos enredos, Sandro Macapá. Foi vice-campeã em cinco concursos oficias (1998, 2000, 2002, 2009, 2014). Desceu ao grupo de acesso em 1995 e subiu novamente ao grupo especial no ano seguinte com o enredo sobre o compositor amapaense Osmar Junior.

Tem como seus maiores baluartes o Senhor Vagalume, Seu Cadico, Bilo, Dona Gertrudes, Dona Generosa, Dona Neusona, Seu Pelé, Dona Fifita. Rita Gonçalves e Jorge Vieira foi o casal oficial de mestre-sala e porta-bandeira que honrou o pavilhão verde e rosa por mais tempo (1988 – 2007).  Atualmente, o manto sagrado é empunhado pelo casal Adriano Almeida e Adélia Gonçalves.

Dona Maria Sambista foi a primeira passista da escola e ganhou todos os títulos nas batalhas de confete contra sua maior rival na época, Boêmios do Laguinho. Atualmente, tem como rainha a frente da bateria Surfista Nauva Alencar, mas esse trono já foi ocupado por Edigleuma, Piedade, Dayse Addmes, Taty, Nazaré, Luana Gonçalves, Neyelle Vales e Larissa Silva.

Sua Bateria é regida atualmente por Mestre Mistura, mas a marcação do surdo um já foi regida por vários anos por Riba Gonçalves.

Maracatu da Favela foi a primeira escola de samba do Amapá a implementar uma escola preparatória para casais de mestre-sala e porta-bandeira, dando base e suporte para novos casais. E é a única escola de samba a ter uma escola de samba mirim no Estado, que desfila na terça-feira gorda de carnaval pelas ruas do bairro Santa Rita.

Hoje, Maracatu da Favela está sob a direção de Nivaldo Conceição, o Pitico, como presidente, Luiz Mota, o Geléia, como vice-presidente, Tasso Alencar como diretor de carnaval e Sandro Macapá como carnavalesco. Para o carnaval oficial de 2019 Maracatu da Favela levará para a avenida do samba o enredo “A sinfonia da floresta – a Favela no ritmo do norte”. E para uma apresentação extraoficial, em 2019, a Verde-rosa fará uma abordagem sobre suas glórias e conquistas nesses quase 70 anos de história.

Sócios Fundadores: José vagalume, Luciano Nonato Conceição, Adonis Carlos, Raimundo Rodrigues, Bernado Lino, Tiago dos Santos, João Guerre, Frutuoso da Conceição, Secundina da Conceição, Paulo Roberto da Conceição, Lucivaldo Sotelo da Conceição, Manoel de Souza, José Maria Costa, Domingas Cheirosa.

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