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Sociedade

Jipeiros do Amapá: aventureiros sim, mas com responsabilidade social!

O amor pelo esporte ‘Off Road’ em veículos 4×4, ou seja, fora da trilha ou estrada, congrega aficionados no mundo todo e no Brasil não poderia ser diferente. Vários são os Clubes de Jipeiros, pois a princípio o Jeep, veículo criado para atuar enfrentando toda adversidade de terrenos na II Grande Guerra, logo foi visto pela indústria automobilística, que observou ter sido criado um transporte que representava ao mesmo tempo robustez, segurança e liberdade, assim, o transformou em veículo para o dia a dia. E para se tornar o xodó de homens e mulheres com espírito desbravador não foi difícil, hoje com suas famílias unem-se nesses clubes para desenvolver o que se tornou um esporte, porém agregando também atividade de solidariedade social.

História
A partir do ano de 2001, no estado do Amapá, algumas pessoas proprietárias e simpatizantes de Jeeps (hoje conceito básico e genérico para veículos com tração nas quatro rodas), começaram a desenvolver diversas atividades que deram ensejo às necessidades de se organizarem e, fundar o Jeep Club de Macapá, em 17 novembro de 2004. O quadro social do clube é formado por pessoas oriundas das mais diversas camadas sociais, credos religiosos, etnias, áreas de atividades profissionais que colocam a disposição seus conhecimentos de forma voluntária nas ações sociais.

Solidariedade
Desde sua criação, o Jeep Club de Macapá, por ocasião do desenvolvimento de sua prática de esporte de aventura, executa também ações sociais nos diversos municípios do Estado do Amapá. Uma das primeiras ações foi dar apoio à campanha nacional de vacinação, transportando as equipes de saúde a área remotas e de difícil acesso, como na reserva agroextrativista do Cajari. Depois, vieram ações de transporte de água e donativos a vítimas de enchentes, de incêndios e entidades como a Casa da Hospitalidade, o Abrigo São José e também a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), bem como o Instituto do Câncer Joel Magalhães (IJOMA).

Uma expedição do Oiapoque ao Chuí pra todo mundo ver

Largada da Expedição “Do Oiapoque ao Chuí”, em 2015

Entre muitas expedições, viagens, trilhas e demais eventos promovidos pelo Jeep Club de Macapá, sem dúvida a de maior visibilidade e arrojo foi a “Expedição do Oiapoque ao Chui”, em 2015, quando quatro exemplares raros do Jeep Willys cruzaram o país levando não apenas o nome, mas a água do Amapá. “Foi uma iniciativa louvável mesmo, pois os jipeiros levaram um pouco da água do Rio Oiapoque para ser misturada à do Arroio Chuí, no outro extremo do Brasil, num gesto de integração nacional sem precedentes”, diz Perpétua Mourão, atual e primeira mulher a presidir o Jeep Club de Macapá.

Alternativas

Sede Campestre do Jeep Club de Macapá, no Parque de Exposições da Fazendinha

Outras iniciativas também relevantes foram viagens à Hidrelétrica do Tucuruí, no Pará, para chamar a atenção para a interligação ao sistema nacional de energia, bem como sobre a possibilidade de de sair de carro de Macapá a Belém.  Os jipeiros tucujus ainda realizaram expedições ao Suriname, Guiana Francesa e aos Lençóis Maranhenses. “Onde quer que um jipeiro vá logo é identificado por outros, sempre dispostos a ajudar, guiar e mostrar lugares para se visitar. É por isso que nosso eterno presidente Mandi (Manoel Madi) sempre dizia que somos embaixadores do turismo”, diz Adriano Bosco, que teve a missão de suceder Mandi no ano passado, quando o empresário e fundador do clube faleceu. E Mandi deverá ser por muito tempo reverenciado no clube, pois sua visão macro projetava as ações do Jeep Club.
Dentre os legados que ele deixou, a necessidade de profissionalização dos pilotos, dos navegadores e também a viabilidade do Amapá sediar um rally internacional na Amazônia. Em 2017, na 9ª edição do Fest Jeep no Meio do Mundo, o amigo e empresário Enrlich Cordão, do Rally Cerapió, veio a Macapá lançar o projeto do Rally Internacional da Amazônia, conforme era o desejo de Manoel Mandi. O evento deverá acontecer no próximo ano, envolvendo o Brasil, a Guiana Francesa e o Suriname.

Sede da Fazenda Berro, em Macapá, tradicional ponto de encontro dos jipeiros

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